O
secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal afirmou, esta
quinta-feira, que encerraram 2500 empresas do setor em 2012,
correspondendo a despedimentos na ordem das 21 mil pessoas, confirmando
assim as estimativas avançadas há um ano.
| foto Pedro Correia/Arquivo Global Imagens |
| Desde 1985 que não se vendiam tão poucos carros |
"Para além do setor da reparação automóvel, um dos mais afetados, houve concessionários e marcas a realizarem despedimentos coletivos", acrescentou o secretário-geral da ACAP, sublinhando a queda de 40,9% nas vendas de carros em 2012 devido a uma diminuição do rendimento das famílias.
Hélder Pedro referiu que para este ano "ainda não é possível dar um valor percentual, mas a indicação é de uma nova queda nas vendas", até porque o Governo não cedeu na proposta da ACAP de voltar a ser inscrito no Orçamento do Estado para 2013 um incentivo ao abate de automóveis em fim de vida.
"O Governo não deu qualquer importância à nossa proposta", disse Hélder Pedro, sublinhando que foi uma opção política que "não pode ser desculpável com imposições da troika (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu)".
O responsável da ACAP frisou que a associação esteve reunida com a troika e que lhes foi comunicado que o incentivo ao abate para carros no fim de vida "era uma matéria de opção política do Governo".
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