| Fonte:autofoco |
O novo presidente da GM Portugal, João Falcão Neves, assume que o nosso país «será sempre um periférico» na produção de automóveis. A crise nos países do sul da Europa afastou as marcas para mercados «onde há maior capacidade industrial e baixo custo», como a Europa central, de leste e Rússia, diz o também responsável pela Opel, pelo que «até haver uma recuperação dos mercados do sul, diria que não são os ideais para localizar uma fábrica».
João Falcão Neves salienta que o regresso da GM à produção de carros em Portugal, onde esteve presente através da Opel Azambuja (a empresa fechou em dezembro de 2006 após 43 anos de atividade) «é uma hipótese que existe sempre», mas muito dificilmente a empresa voltará ao país depois de Azambuja.
O número 1 da GM em Portugal considera que apesar da crise nas vendas de automóveis não existe o risco de Portugal ficar sem representação de algumas marcas nem que se esteja numa fase «em que as marcas tenham de abandonar o país». No entanto, sublinha o também responsável da Opel, vai ter que continuar a haver um ajustamento. «Há duas formas de ajustar: uma é ajustar-se ao mercado que existe e que se pensa que vai continuar a existir e outra é ajustar-se ao mercado que existe, mas preparando-se para quando houver uma retoma».
Para João Falcão Neves, o setor automóvel «seria sempre uma vítima de qualquer efeito de reajuste na economia portuguesa» e, acrescenta, o preço de uma balança comercial mais equilibrada, muito à custa da queda na importação de carros, é «um desemprego muito elevado gerado por todas as redes de concessionários e reparadores no país».
Comentários
Enviar um comentário