Petiscar parte do sucesso de Fiat 500, Mini e Citroen DS3 é o obetivo da Opel com este Adam psicadélico e cheio de personalidade
Fonte:autosapo |
O Adam é oferecido em três níveis de
equipamento - Jam mais colorido, Glam mais sofisticado, Slam mais
desportivo - e dois motores a gasolina com 70 e 100 CV, respetivamente, e
possibilidades quase infinitas de personalização. A mim tocou-me a
versão mais básica do Adam, o 1.2 Jam com 70 CV e foi esse o carro que
ensaiei para si.
Para começar, aconselho a visita ao sítio www.opel.pt para consultar as possibilidade de personalização do Opel Adam.
Divirta-se a configurar o modelo com mais de 61 mil combinações para o
exterior e cerca de 82 mil para o interior. Tudo resultado do cruzamento
de 12 cores de carroçaria, três cores de tejadilho, 31 desenhados de
jantes , seis cores de “clips” para as jantes e quatro cores para o
interior. Juntam-se 15 tipos diferentes de bancos, 19 decorações , seis
forros de tejadilho com três motivos e oito iluminações.
Acha que fica por aqui? Nem pensar!
Há
vários pacotes de acabamentos exclusivos com elementos de decoração e
equipamento, pode cruzar tudo isto e no Jam que me tocou para este
ensaio, o forro do tejadilho chamou à atenção da minha filhota. É que
apenas o Opel Adam
e o Rolls Royce Phantom possuem um tejadilho com LED (no caso do
citadino alemão, são 64) que replicam o céu estrelado. Confesso que
impressionou!
Deixando
para si o ónus de procurar o melhor equipamento para o seu Adam (este
Jam oferece de série airbags frintais, laterais e de cortina, ESP e
controlo de tração, faróis de nevoeiro, cruise control, rádio, jantes de
liga leve 16”, computador de bordo, vidros elétricos, volante regulável
em altura, espelhos de comando eletrico e fecho central de portas),
quero apenas falar-lhe do Intelilink, um acessório que custa 250 euros.
O
intelilink é uma espécie de smartphone no automóvel. Por um preço
absurdamente barato, ganha ligação para o seu iPhone ou telemóvel
Android (há ligação Bluetooth e via USB), podendo transportar para o
sistema as suas aplicações, ouvir “sreaming” de áudio e falar mãos
livres no seu telemóvel. Tudo visível no enorme ecrã de 7 polegadas. O
Intelilink é compatível com o sistema Siri dos iPhones, alargando o
conceito de mãos livres, pois basta dizer o nome para o sistema conetar a
chamada. Depois, volte ali á lista de opções e descubra mais algumas
coisas para adicionar, inclusive um sistema de som da Infinity.
Agora, sim, falemos do Adam.
O pequeno Opel junta-se
ao Agila, o até agora único representante da casa de Russelsheim entre
os citadinos, sendo, porém, totalmente diferente.
Remexendo no passado, não há nenhum Opel citadino
para recuperar e por isso, tal como fez a Citroen, a marca alemã
olvidou a moda revivalista e criou um irreverente automóvel com um
desenho inspirado que deixa toda a gente – bem, quase toda, de acordo: o
Adam é muito giro!
Alem de ter optado por esta via, a Opel jogou
a carta da personalização que já referi com pormenor, tentando assim
seguir as novas tendências que apontam para a individualidade em tudo,
até nos automóveis, tentando seduzir aqueles que pagam para serem
diferentes.
Se
por fora, o Adam é giro e original, afastando-se dos seus rivais neste
aspeto, por baixo do manto as soluções são mais comuns com suspensões
McPherson à frente e eixo de torção atrás. Tudo para evitar escaladas de
custos que nesta altura não dão jeito nenhum e, honestamente, para um
citadino, também não fazem muita falta.
Pequenino (apenas 3,7 metros) e largo, o Adam é ágil em cidade e para os mais rezingões, a Opel oferece
a direção elétrica com sistema City que aligeira, ainda mais, o peso da
direção para que possa aproveitar os 11 metros de diâmetro de viragem.
Isto se optar pela jantes de 17 polegadas, iguais às do “meu” Adam Jam.
Com rodas de 16”, ganha uns centímetros e vira entre passeios em
escassos 10,1 metros. Seja como for, acho o sistema redundante, pois a
direção é leve e sem sensibilidade, normal nas unidades elétricas,
embora a Opel já tenha provado que sabe fazer bem melhor.
Tenho
de dizer que este Jam estava equipado com jantes de 17 polegadas mas
sem a suspensão desportiva que o Slam utiliza. O que significa isto?
Bom,
em primeiro lugar, rodas tão grandes significam prejuízo no conforto e
vantagem no comportamento. Felizmente, a balança desiquilibra-se mais
para o segundo prato, pois o Adam não é um exemplo de conforto seja
quais forem as jantes, mas estas de 17” acabam por não “chatear” os
pequenos que seguem no banco de trás.
Sim,
digo pequenos porque dois adultos atrás terão grande dificuldade em
encontrar espaço para ancas, pernas e cabeça. Não há milagres e num
carro tão pequeno e dedicado à cidade seria difícil fazer melhor. O
acesso a esses lugares traseiros (apenas dois e bem definidos) é
razoável, mas para colocar uma cadeira de criança, a coisa complica-se e
o banco da frente tem de avançar muito para a criançada arrumar as
pernas. A não ser que a milha filha de 3 anos já com mais de um metro
seja uma gigante...
Não fique a pensar que tudo isto são criticas, pois o Fiat 500 e o Mini são
super acanhados e com malas ridículas como o Adam (170 litros). Num
carro destes isto não são defeitos... são assim mesmo e têm charme
assim!
O
primeiro problema sério reside no motor 1.2 litros a gasolina com 70 CV.
Unidade antiga e com processos antigos, é um motor anémico quando
rodamos a baixos regimes, um bocadinho melhor nos regimes mais elevados,
mas sem possibilidade de oferecer ao Adam performances aceitáveis.
Aceleração 0-100 km/h próxima dos 15 segundos não é famoso. É verdade
que chega para o Fiat 500 com motorização semelhante, mas para o Mini... diferença abismal e profunda incapacidade de rivalizar.
Ora,
para andar minimamente rápido há que puxar pelo quatro cilindros, este
aguenta, grita um bocadinho, mas sem ser incomodativo, mas começa a
gastar gasolina a um ritmo elevado. A caixa de cinco velocidades
funciona bem, depois de aquecer (até lá é dura!), mas com relações
longas – para beneficiar o consumo, o que num motor tão fraco em
performances não se percebe – obriga a uma constante utilização.
Com
isso, nova penalização no consumo e, contas feitas, gastei em todo o
ensaio uma média de 7,1 l/100 km, longe dos 5,0 l/100 km que a Opel anuncia.
Quanto
ao comportamento em estrada, com o bloco de 1.2 litros com 70 CV, o ESP
poderia ter sido trocado por outra coisa qualquer, pois as qualidade do
chassis ainda por cima com estas jantes de 17” nunca, mas nunca é
colocada em causa
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