Fonte:razaoautomovel |
Conhece a base de partida para os futuros Audi A3, Volkswagen Golf, Seat Leon e muitos outros…
Para aqueles que nos seguem há mais tempo, o anúncio do surgimento da plataforma MQB não é de todo uma novidade. Por ocasião da nossa antevisão ao futuro Audi A3 - há uns já longínquos 3 meses… – tivemos a oportunidade de vos destacar algumas das vantagens desta nova plataforma. Assunto ao qual voltamos agora, depois de terem surgido mais alguns detalhes sobre a tal Modularer Quer Baukasten (MQB), que em português significa algo como Matriz Transversal Modular, isto de acordo com a tradução feita pelo “expert” do Razão Automóvel em línguas estrangeiras: o Google Tradutor.
Como já tínhamos dito anteriormente, as principais vantagens da nova plataforma serão os ganhos ao nível do emagrecimento da estrutura do automóvel que a MQB irá possibilitar ao mesmo tempo que garante ainda um substancial aumento da rigidez estrutural do conjunto. Menos peso significa menos dispêndio de matéria-prima na concepção do automóvel, mas fundamentalmente menores consumos e consequentemente menos emissões poluentes.
Um campo cada vez mais importante, dadas as fortes restrições europeias à emissão de Co2, e que por intermédio dos impostos se repercutem no preço de venda do automóvel. Um carro mais leve significa portanto bolsos mais “pesados” para construtores e consumidores. Não esquecendo obviamente os ganhos ao nível da dinâmica, também incrementados pelo aumento da rigidez estrutural.
Mas o campo onde a vantagens desta plataforma são realmente notáveis e fazem a diferença é na concepção. A MQB foi pensada de raiz para ser empregue num vasto leque de modelos que podem ir desde o mais curto VW Golf, até à maior e mais pesada VW Passat Variant, sem esquecer claro, a sua aplicabilidade nos restantes modelos das marcas generalistas do Grupo Volkswagen: Seat, Audi e Skoda. E é aqui que reside o grande segredo da MQB: na economia de escala.
Ao ser possível utilizar a mesma plataforma em modelos tão diversos, passa também a ser possível partilhar entre eles uma maior multiplicidade de componentes que podem ir desde as suspensões aos motores, passando por componentes um pouco menos óbvios como é caso do depósito de combustível, circuitos eléctricos, etc. Isto faz com que os custos de produção dos componentes, ao serem partilhados por diferentes modelos e portanto produzidos em maior número, sejam drasticamente produzidos.
Outra das inovações desta plataforma é a capacidade de albergar no mesmo espaço, os componentes do motor de combustão e os elementos do motor eléctrico (fig. 3). Ao conseguir albergar os dois sistemas no mesmo espaço centralizam-se as massas por um lado, e por outro poupa-se no número de componentes necessários ao seu funcionamento. Menos componentes é igual a menos peso, menos consumo, menos emissões e menos custos. Fácil não é?
Menos do que parece.
Fig. 3 – A forma com a MQB arruma todos os componentes |
Isto significará que no futuro comprar um VW Golf será o mesmo que comprar um Audi A3 ou uma VW Passat? Não necessariamente. A diferença entre os vários modelos será feita da mesma forma que é feita em outros modelos: nos detalhes. Por exemplo, os actuais Polo, Ibiza, Fábia e A1 partilham todos a mesma plataforma, no entanto não podia ser mais distintos entre si. São as afinações no chassi, nas suspensões e nos detalhes de construção, mais ou menos rigorosa, que se operará a diferenciação e a segmentação de mercado de cada modelo.
No que toca aos motores que irão casar com esta plataforma, poderemos contar com a família de 4 cilindros a gasolina e diesel, TSI e TDI.
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