Apesar da «fuga» de informação de umas horas
antes, o Mercedes Classe S aterrou em Hamburgo com toda a pompa e trouxe
com ele a cantora americana Alicia Keys.
O lançamento de uma nova geração do Mercedes-Benz Classe S é sempre
uma ocasião especial. Para apresentar ao mundo o W222, a Mercedes -
indiferente à traição de um blog holandês que, umas horas antes,
publicou fotos de um catálogo oficial apesar do esforço enorme que a
marca havia feito para não fazer chegar imagens a nenhum orgão de
comunicação social imagens oficiais - levou os convidados, entre eles o
Autohoje, até à fábrica que monta os Airbus 380 na cidade de Hamburgo. E
foi com o gigante dos ares como pano de fundo que chegou, na poltrona
de trás do novo Classe S, a americana Alicia Keys para uma atuação
breve, mas calorosa.Apresentado pelo trio de luxo da administração - Dieter Zetsche, presidente; Thomas Weber, da pesquisa e desenvolvimento; e Joachim Schmidt, do marketing e vendas - o novo Classe S remete grande parte da sua inspiração para o mundo da aeronáutica. A vida a bordo é comparada à da primeira classe de um A380, sobretudo para quem viaja atrás em poltronas que massajam as costas, reclinam e esticam de forma tão cómoda que muitas linhas aéreas invejam ter bancos assim nos seus aviões.
Tecnologicamente mais avançado que nunca, como um Classe S tem que ser, o novo topo de gama acrescenta ao portefólio uma série de predicados eletrónicos que o tornam no veículo mais avançado da atualidade. São demasiadas funcionalidades para serem aqui explicadas - na edição do Autohoje da próxima semana o tema será publicado - mas desde logo podemos adiantar que este S pode mover-se sozinho numa fila de trânsito: liga o motor, arranca, trava, desliga o motor, até pode aplicar direção, de forma totalmente autónoma e adaptativa face ao trânsito em redor, por via de um sofisticado comando que gere 6 câmaras e 6 sensores. Um verdadeiro piloto automático.
Dieter Zetsche, porém, prometeu «não tirar nenhum prazer à condução». Sempre que o condutor quiser realmente guiar o Classe S, «poderá fazê-lo e deve desfrutá-lo como nunca», pelo silêncio, o ambiente perfumado por 4 fragrâncias distintas e pelo conforto, uma vez que a suspensão Airmatic evoluiu para um nível em que «lê» o terreno, antecipa as irregularidades do pavimento e ajusta automaticamente a suspensão para ninguém dar por nada. «O melhor escritório sobre rodas», salientou Joachim Schmidt, que salienta a existência de uma mesa escamoteável nos lugares de trás, como nos aviões, e de um ecrã de alta definição comandado pelo smartphone.
Sabe-se que o Classe S vai ter versões S300 Bluetec Hybrid (anuncia consumo médio de 4,4 l/100 km e emissões de CO2 de 115 g/km), S350 Bluetec (5,5 l/100 km, 146 g/km), S400 Hybrid (6,3 l/100 km, 147 g/km) e um S500 V8 turbo de 455 cv. O lançamento acontece depois do verão - a Mercedes reconhece que, em Portugal, há «um número interessante de clientes à espera do novo modelo», incluindo atuais proprietários de um Classe S - e os preços serão dados a conhecer em breve, pelo que deve manter-se atento ao Autohoje online para os conhecer.
A gama irá conhecer, perto do final do ano, uma nova versão S500 Plug-In Hybrid, que combina um motor a gasolina com um motor elétrico para prefazer um total de 442 cv. Pelo facto de moder fazer um modo de condução elétrica, a Mercedes pode desde já prometer que será capaz de homologar emissões de CO2 na casa dos 75 g/km (menos que um Smart!) e um consumo médio de 4,0 l/100 km... ou menos.
Ao som de «Girl on fire», do piano de Alicia Keys e das cordas da Hamburg State Orchestra, e sob o inclemente céu chuvoso do norte da Alemanha, com um Airbus 380 em pano de fundo, o novo Classe S nasceu para vender em três continentes. Chamam-lhe o melhor automóvel do mundo. Será?
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