País tem dois circuitos mas maioria das provas são citadinas
O acidente com o piloto português Luís Almeida no Grande Prémio de Benguela, que vitimou duas pessoas e deixou 17 feridas, veio levantar de novo a questão em torno da segurança nas provas de automobilismo.
As autoridades locais e, posteriormente, a Federação Angolana dos Desportos Motorizados (FADM) garantiram que uma desobediência dos espectadores, que assistiam à corrida numa das escapatórias, zona proíbida, esteve na origem da tragédia. A questão que se levanta prende-se precisamente com a formo como se podem controlar as cerca de 200 mil pessoas que estavam nas ruas de Ombaka a assistir à prova, num domingo que era de festa pela comemoração do aniversário da cidade.
A maioria das corridas que se realizam em território angolano fazem-se em circuitos citadinos. Em Benguela é prática comum e as pistas improvisadas mostram que as condições de segurança deixam muito a desejar.
Não há bancadas e os espectadores assistem em cima de muros ou nas bermas da estrada. O piso está longe de ser ideal. No primeiro vídeo, que mostra uma corrida em Namibe, vê-se que o carro atravessa, inclusive, uma zona com carris de combóio. Ora, quando as máquinas atingem facilmente os 200km/h, num piso tão irregular, não é difícil perceber que os acidentes podem acontecer com alguma frequência.
O país possui apenas dois autódromos que carecem de obras de renovação, pois foram construídos ainda no tempo do domínio português em Angola.
Veja alguns vídeos de corridas em Angola:
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